sábado, 24 de março de 2018

Há os que têm muito, há os que têm pouco, há os quê não tem nada.


  
           


Qual desses grupos você pertence ?




Por vezes em algumas áreas, ou algum período da vida pertencemos a um desses grupos.

Já estive em alguns desses lugares e todos me ensinaram muito.

Fazer parte dos que tem muito pode nos levar a recusar, dizer nãos a muitos que precisam de algo. Pode nos tornar solitários, seletivos, exigentes, criteriosos, soberbos por diversos motivos, nos faz colocar acima dos outros.

Fazer parte dos que tem pouco, pode nos tornar solitários, gananciosos, egoístas, mesquinhos com medo de perder o que já conquistamos.

Fazer parte dos que não tem nada, pode nos tornar solitários, vitimizados, revoltados, interesseiros, esbanjadores, mesquinhos, agressivos, acomodados.

Se tivermos um bom coração, sensibilidade e humanidade, qualquer uma dessas experiências pode nos ajudar a crescer.

Esses três lugares, tanto pode nos tornar pessoas piores ou pessoas melhores, depende daquilo que escolhemos fazer com elas, ou seja, podem ser bênçãos ou maldição em nossa vida.

As experiências que estão diante de nós, vão mostrando quem somos e quando não aprendemos com elas, precisamos que elas se repitam de várias maneiras, até que um dia nossa consciência se abra.

Todas elas podem nos tornar pessoas solitárias, e isso nos fará perguntar como sair desse lugar.

Trabalhando com um exemplo prático e real, também com a parábola de Cristo mencionada em LC 14:16-24., podemos observar que estar em um desses lados é difícil.

Nessa parábola, o dono de um banquete é o que tem materialmente, que provavelmente estava rodeado de pessoas que tinham muito igual a ele.

Mas provavelmente ele não tinha amigos íntimos e verdadeiros que conheciam seu coração.

Ele convida seus amigos que tem muito para seu banquete, cada qual apresenta uma justificativa para não ir à festa, todos tinham outras coisas que os prendiam mais.

Ele ficaria sozinho caso não tivesse aberto sua casa para aqueles que não tinham nada.

Convidou então mendigos, indigentes, miseráveis para seu banquete. Entre eles estava um, que se recusou a colocar as vestimentas reais que ele ofereceu para estar no banquete.

Provavelmente esse era um indigente que não precisava tanto e disse não ao pedido dele.

Por isso, o anfitrião não permitiu que entrasse, pois ele realmente queria aqueles que não tinham nada mesmo, principalmente que não tivesse orgulho.

Quando não temos nada, quando o orgulho cai, quando passamos por necessidades materiais ou sociais, solidão, abandono, fome de comida ou de carinho e afeto, queremos convidar ou sermos convidados para um banquete de comida, ou de amizade, queremos companhia, abraços. Mas aqueles que têm muito não nos querem por perto, rejeitam, ignoram a dor do nosso estado, ou tem orgulho e fazem exigências para estarem em nossa companhia, apresentam muitas justificativas para não nos convidarem ou para virem em nossa casa, ou ainda nos recusarem na casa deles.

O estado de pobreza material, ou pobreza afetiva ensina-nos a olhar para dentro de nós e ao redor de nós, podendo nos levar a adotar postura de mudanças importantes, que tem a ver com aquilo que precisamos aprender sobre a vida e sobre o reino de Deus.

Iseli
Março/18.

sábado, 17 de março de 2018

Envolvimento emocional é diferente de envolvimento afetivo ?




Trabalho com a ideia que sim.

Tentando compreender a dinâmica que faz tanta gente sofrer com relacionamentos, fui dando passos para ajudar a mim mesma.

Sempre levando em conta os ensinamentos de Cristo de que tanto precisamos ser um, no que se diz respeito a termos uma identidade única para Ele, mas também levando em conta, que o primeiro mandamento Dele nos diz para amarmos uns aos outros como Ele nos ama.



Essa busca foi me conduzindo a organizar pensamentos, sobre as formas de relacionamentos que estabelecemos, que nem sempre são saudáveis e nem sempre fazem bem.

O que consigo compreender até aqui, é que quando estamos envolvidos com as emoções e não com o coração, fazemos coisas diferentes.

Vamos trabalhar com a ideia de que envolvimento afetivo é a ligação entre dois corações e envolvimento emocional é a ligação entre duas emoções.

Pelo fato de nossas emoções na maioria das vezes serem imaturas, é comum considerarmos que nos envolvemos com as emoções de forma inadequada.

Então quando duas pessoas se envolvem pelo coração, ou seja, afetivamente, há maior chance de construírem um relacionamento saudável, enquanto que se for apenas envolvimento emocional provavelmente não.

Comece a perceber se você tem maior probabilidade de se envolver pelas emoções ou pelo coração. (Isso pode se dar desde as relações em família, amizades e conjugais).

Envolvimento emocional sendo o encontro entre duas emoções imatura, na maioria das vezes terá um desfecho sofrido, inadequado, não saudável. São relacionamentos conturbados, desorganizados, doentios.

Enquanto que envolvimento afetivo seria o encontro entre dois corações que vão se conhecendo aos poucos e construindo algo duradouro, saudável, que pode transformar-se em amor.

Se nos ligarmos a pessoas apenas pelas emoções iremos aos poucos adoecendo, sem crescer, sem amadurecer, serão sempre duas pessoas que terão conflitos não resolvidos. 

Retardamos o processo de nos conhecermos, retardamos o processo de tornarmos pessoas semelhantes a Cristo. Retardamos o processo de aprender a amar como Ele nos ama.
Também não faremos bem algum a outra pessoa.

Na ânsia de ajudar, estaremos prejudicando o crescimento da pessoa também.

Relacionamentos ligados pelas emoções são primitivos, impulsivos, imediatistas. Relacionamentos ligados pelos corações são coerentes, tranquilos, possui clareza, equilíbrio de afeto, emoção, e dose adequada de razão.
Relações emocionais são doentias, relações afetivas são saudáveis.
Relações emocionais causam mal em nós, relações afetivas trazem crescimento aos dois.

Enfim, precisamos avaliar nossos envolvimentos humanos, se realmente queremos nos tornar pessoas bem resolvidas, pessoas estruturadas e pessoas em crescimento na semelhança do nosso mestre Jesus Cristo.

O desejo Dele é que estabeleçamos relacionamentos afetivos em nossa família, com nossos amigos, e com nossos parceiros conjugais.

Iseli Cruz
Março/17.