quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Entrelaçados - Dependência emocional, idolatria afetiva e outros bichos

Você é o tipo de pessoa que permanece presa anos e anos arrastando um sofrimento por alguém, muitas vezes em um vínculo nutrido somente por você mesmo(a)?
Você é do tipo de pessoa que já sofreu de "amor platônico"?
Você é do tipo de pessoa que acha romântico sofrer por amor e nutre a ideia das frases abaixo:
               
 "você é a tampa da minha panela"
 "você  é a outra metade da minha laranja"
 "sem você não vivo"
 "se você me deixar me mato ou morro"
 "você é minha alma gêmea"
 "você é o ar que respiro"
 "parece que nos conhecemos de outras vidas"




Além de tudo isso falado acima, você acredita que as músicas românticas ou histórias de novela, podem ser vividas nos relacionamentos reais, chama isso de amor, ou que essa pessoa estava escrita para ser sua, que talvez foi Deus quem preparou um para o outro ou ainda, vive pedindo a Ele que te mostre o homem/mulher da sua vida?

Pois é, talvez você sofra de dependência emocional. Trata-se de um tipo de vínculo que faz com que a uma pessoa, se alimente das emoções do outro. Nesse caso, é comum, uma pessoa pacata escolher alguém bem humorado e extrovertida, pois isso lhe dará emoções novas. Ou o oposto, uma pessoa agitadíssima escolhe alguém tranquilo e calmo, para lhe dar um pouco de paz. Mas também pode ser, que escolha outro exatamente igual, para que ambos entenda um ao outro e se complementem.

A questão é que, não escolhemos "por acaso".
"Escolhemos" inconscientemente pessoas para nos relacionarmos, pessoas essas que tragam "algo" para nutrir aspectos adoecidos ou mau resolvidos em nosso emocional.
Isso quer dizer que precisamos de algo ou alguém para alimentar, nutrir, dar vida ao nosso emocional.

No caso de sofrermos de idolatria afetiva, vamos um pouco mais além no aprofundamento dessa dependência emocional, porque envolvemos os aspectos espirituais, como se essa pessoa fosse nosso deus, ou, permanecer na relação possa significar a vontade de Deus.

Na idolatria afetiva, entregássemos nosso ser, nossa alma para a outra pessoa, quando ela não está presente, somos invadidos por uma vazio imenso, insuportável, isso porque não temos nada interessante em nós mesmos, quer  seja dentro de nós ou q que nos dedicamos (a não ser essa pessoa).
A vida passa a girar em torno dela/dele, e isso pode permanecer por toda a existência, ou até que um deles encontra outra pessoa e separam-se, ou quando um parte para a eternidade.


Vivem mal, suportam-se, e há desentendimentos constantes.

São relacionamentos denominados também a pessoas que sofrem de dependência e/ou co-dependência. Pode haver de um lado o dependente, do outro o co-dependente, onde um alimenta a doença emocional do outro.

Modelos de relacionamento não saudáveis, disfuncionais, tanto para quem está de um lado ou do outro, trazendo pesos, sofrimentos e finais infelizes.



Há um vazio, há uma identidade fragmentada, há uma carência, há uma mistura de sentimentos mal compreendidos dentro de cada um, querendo ser preenchido, compreendido, acolhido ou amado.
Precisam de ajuda para "se reconhecer" em si mesmo, necessitam de cuidados para a cura, para ser possível relacionar-se de maneira inteira e saudável.

Iseli Cruz
Out/19.






domingo, 20 de outubro de 2019

A mente, a alma e o espírito


O que falar da minha e da sua alma, ou do espírito nos dias de hoje, uma vez que estamos tão focados na mente, na inteligência, na objetividade, na lógica, no material, nos resultados rápidos e seguros. Em busca da realização, da felicidade, de sermos alguém respeitável, valorizados, reconhecidos, queremos a satisfação da alma.

A alma é coisa de mulher ou coisa do ser humano? De fracos, frágeis ou sensíveis e fortes?
Sabemos pouco e por medo de nos tornarmos místicos, deixamos esse assunto de lado.

Tal como o espírito, a alma se aloja sem visibilidade, abstrata e invisível, dentro de um corpo e de uma mente, possível de ser mensurado, fotografado, tocado, interpretado e até mesmo examinado em suas funções e reações.
Sobre o espírito, arriscamos em dizer que existe um espírito "em nós", ou fora de nós, que nos dá vida, que nos acompanha, ou que interage conosco.
Para quem acredita nela, considera que a alma é a sede das nossas emoções, da intuição, dos sentimentos, das percepções, do prazer. Uma vibração que não sabemos claramente descrever. Algo que se conecta e que precisa estar vinculada ao espírito, imprescindivelmente ligando nosso espírito ao de Deus.

Nos referimos à ela, como fonte das nossas alegrias, da liberdade, da leveza e da bondade.
Também, referimos-nos à ela como amarga, ferida, triste, adoecida, carente, aprisionada, angustiada, solitária, vazia, vaidosa, orgulhosa, imponente, fria, vingativa, sinistra, dominada pelo diabo, ou ainda como seres desalmados. Há afirmações sobre famílias desalmadas e pode-se vir de uma delas.
                                                                                                                                                           O que significa ter vida ou perder a alma?
Há uma parábola contada por Jesus sobre um homem que sentia pleno prazer em sua alma, estava totalmente satisfeito a tal ponto de dizer à ela: "Regozija-se oh alma"!! Ao que Deus lhe disse, "louco, ainda hoje pedirão por ela"!


"Esse homem, se preencheu com os prazeres e conquistas materiais, se percebia rico e saciado, plenamente satisfeito.
Não estava preocupado com nada e nem com ninguém fora dos seus íntimos.

Centrado em si mesmo, ego grande, vaidoso por suas conquistas, feliz com as habilidades, capacidade e inteligência. Era admirado, invejado por outros, por cima, bem resolvido, livre de preocupações, cheio de felicidade, de tudo que os olhos pudessem ver!!
Possuía um espírito (estava vivo), uma mente (inteligente) e um corpo saudável e foi o bastante para ele.
Deus o chamou de tolo e louco, disse que estavam pedindo pela alma dele".

Alma ... alma ... alma... tê-la viva significa estarmos cheios e conectados, vinculados, alimentados diariamente, ao Espírito do Pai.
Espírito humano que brotou da semente germinada no solo do Criador.
                                    Alma viva e saudável,
                                    Nutrida por Deus-Pai,              
                                    Tanto se alegra como chora,                                
                                    Amorosa e gentil, Graças dai!!
Quando foi que sua alma se emocionou da ultima vez?
Com o quê você se sensibilizou por coisas simples, puras e sublimes, no universo, nas plantas e animais?
Quando você estendeu a mão sem preconceito, sem barganhas, sem interesses da última vez, para alguém que não faz parte da sua família, da sua igreja, diferentes, que representam o nada na sociedade e que talvez até te causou mal?
Quando você perdoou, abraçou, pediu desculpas?
Quando você decidiu amar verdadeiramente (como Cristo), por não querer ser alguém frio(a) e gelado(a), sem alma?

Ser novo(a), inovador (a), ser colorido(a) internamente, ser amável hoje ainda, optar conscientemente pela vida e simplicidade da alma, nos entrelaça ao Criador.

"Ora, o Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade" II Cor.3:17.
Onde Deus habita, há vida saudável da alma e isso será refletido com quem e em todo lugar que estivermos.

Iseli Cruz
Out/19

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Enxergue longe - Doenças, conflitos e emoções


Porque lidamos tão mal, e porque esses temas despertam medos e por vezes fugimos a vida toda deles?

Pelo que tenho acompanhado, observado e descobrindo em mim mesma, se dá pelo fato de demorarmos para nos conhecermos e absorver tanto dos outros para nós.

Aprendendo com as experiencias que, tanto as doenças que afetam nosso organismo, corpo, mente, assim como os conflitos que desestabilizam nossa alma, alteram nossos planos e geram perdas significativas ao longo da vida, podem ser sinalizadores, podem ser alternativas de mudanças, como também podem ser barreiras que bloqueiam nosso crescimento nos conduzindo a fracassos.

Entrar em contato com situações que surgem em nossa frente, conosco, que despertem reações quer sejam positivas ou negativas em nós, sinaliza que estamos vivos, que nossas emoções reagem e que através disso, estamos diante das nossas fragilidades e potenciais, do nosso crivo de análise.

Também nos diz e nos coloca diante de escolhas rumo a uma direção ou outra. Tudo isso vai nos dizendo sobre quem somos e o que queremos fazer com isso daí por diante.

As doenças, quer sejam quais forem, também podem nos dar oportunidades como essa.

A integração que há entre corpo, mente, alma e espírito, faz com que possamos crescer e viver sem nos assustar. Por isso, precisamos tanto prestar atenção em nós de forma saudável, sem sermos individualistas, egoístas ou narcisistas, sem sermos tomados por sustos. Temos em nós mesmos a chave para vivermos, desde que, consigamos olhar com uma lente de bondade para tudo que faz parte e colabora para o meu bem.

A meu ver, a chave para obtermos essa conquista é o amor que podemos "escolher" experimentar a meu favor e a favor do meio que estou inserida, a começas pelo cosmos, do macro para o micro que é o meu próprio ser. 

A doenças falam de mim, os conflitos e angústias falam de mim, as emoções falam de mim. Cada dilatar dos meus olhos, cada pulsar do meu coração, cada transpirar e cada suspiro que experimento, estão afirmando que o que experimento é somente meu e que posso fazer coisas incríveis com o que me deparo.

Direcionar para boas escolhas dependem do que alimenta o meu ser. Deus ou o diabo? O que me preenche? Quais ou qual espírito está alojado em mim? Quais vozes humanas, interferem em minhas escolhas? Faço escolhas por mim mesma ou pelas influencias dessas vozes?

Se deixamos tudo isso calado, abafado ou desconhecido por nós, nosso crescimento humano se lentifica ou nem acontece. Não teremos chance de nos expressarmos com verdadeira identidade.

Esse composto é você, sou eu; somos nós na interação de um movimento chamado vida.

Então não fuja, não se assuste com adoecimentos ou conflitos, eles demonstram que suas emoções falam. Relacione-se com eles, abrace, acolha, cuide com amor do que é seu.

Fortaleça suas áreas internas, seus dons e potenciais, para que possas oferecer um pouco de você mesmo, posteriormente a outros que ainda não conseguiram chegar onde você chegou.


Iseli Cruz
Outubro/19.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

"Suicídio" - A explosão emocional da morte contra a vida

Serei direta, o momento é para isso.
Cada dia e cada vez mais próximo chega a  realidade em nossa frente, dentro das casas, das famílias.
Só não pára pra pensar quem já dorme.

A meu ver, estamos diante de um reflexo claro daquilo que sempre foi verdade e ainda será, enquanto cada um de nós (humanamente falando), não se desperte a favor da vida.

A última notícia recebida "Vitória" - 12 anos.

Sempre foi, apenas com números não divulgados e em faixas etárias diferentes, o suicídio é o pedido de socorro de quem entra no desespero, na agonia dos "sem saída". Entendem equivocadamente, que a morte encerrará a angústia e o desespero, daquilo que não está sendo suportável dentro do corpo.

O emocional (alojado na mente, portanto no corpo), encontra-se tão revirado, esmagado, comprimido explodindo, como explode um coração que enfarta diante da pressão da dor.
A morte é vista como saída, a partir do momento que a vida perdeu o significado, o valor, e a essência.

                Sem esperança, sem fé e sem A M O R, é impossível viver mesmo.

Estamos experimentando o efeito de um todo, iniciado no passado, alimentado no presente de todos nós, sem exceção. Ricos, pobres, saudáveis fisicamente, adoecidos no emocional e espiritual.

Onde está oh vida ?

A vida está, sempre esteve e sempre estará a nosso dispor por Quem a fez.
Àquele que lutou contra a morte, contra todos os elementos da morte emocional (corpo) e contra a morte espiritual continua vivo, basta que queiramos e tomamos a decisão de escolher sermos preenchidos por Ele.


Se temos um espírito que precisa ser alimentado e não alimentamos, adormece e morre, tal como acontece com o corpo,  alimentamos e cuidamos do corpo diária e constantemente.


A distância do Espírito de Deus que é vida e amor em nós, causa, gera e consolida, o caus muito real da era apocalíptica escrita no evangelho da vida, a saber, o evangelho de Jesus Cristo.

Que essas vidas que partiram, deixem esse pedido e essa mensagem em nós - Elas foram vida enquanto estiveram conosco, oro para que prossigam na eternidade, na presença do Deus da Vida, recebida por anjos no céu.

Iseli Cruz, cristã, psicóloga e mãe.
Outubro da Esperança - 2019.

domingo, 29 de setembro de 2019

Quer ser feliz?

Todos nós queremos ser feliz.
Quando entendemos que ser feliz é ter, é ser saciado, preenchidos ou "plenos", buscamos tudo que enxergamos ao redor, incluindo coisas e pessoas.
A adolescência normalmente é o nosso maior período de consumo, principalmente atendido pelos pais.
Na juventude, cheios de energia, passamos a lutar pelo que a sociedade nos estimula, pelos modelos da mídia, da família, casamento, e pelo que nossos próprios sonhos direcionam. "Fase do auge".
Na idade adulta e maturidade, começamos a desconfiar que "falta algo mais",  independente do lugar que chegamos, nos damos conta de um vazio na alma.
Se formos guiados pelos anseios da alma (que é meramente humana), a busca se fixa nas coisas materiais. Sendo possível envelhecer lutando, procurando, pelo que nossos olhos veem, e normalmente frustados morreremos, com a sensação de não ter alcançado a tal felicidade.
É na maturidade que as angústias da alma adoecida e vazia pede mais, ou também quando acomodamos a dizer enganosamente: "sou feliz, estou satisfeito, conquistei tudo que almejei, sou realizado(a)!!"

O que te falta?
Foi na juventude que Jesus encontrou um mágico encantador sádico e ofereceu a Ele, algumas sugestões para preenchê-lo. Inclusive pediu à ele para transformar pedras em pão. Que tentador!!! Transformar pedras em pão. 
Qual pão pode ser esse? 
Pão é algo para saciar, alimentar o corpo, dar prazer. 
Será que não é o mesmo que nossa alma busca para ser feliz? 
Era como se o encantador mágico dissesse: "Transforma tudo que é pedra (difícil) em pão, tudo fácil, em carnaval. Todos ficarão felizes! Muito prazer, muitos atrativos, beleza, glamour. Se encha e encha os humanos disso e eles ficarão felizes". 
Pão também pode ser casa, carro, roupas, formação acadêmica, dinheiro, tudo que se refere ao material, pode ser chamado de pão nesse exemplo do que foi ali oferecido.
Jesus responde: "Nem só de pão viverá o homem, mas de Toda Palavra da boca de Deus". Nem só de comida, bebida, maconha, prazeres, sexo, alimentos, remédios, casa, família, casamento, filhos, carros,viagens, realização momentânea, coisas que o dinheiro compra.

Qual Palavra Jesus se referia?
A Palavra de orientação de Deus, que nos enche do que é verdadeiro, consistente e eterno.
Está falando que não somos apenas corpo, matéria. Somos espírito, que não é concreto, não é palpável. A felicidade vem daquilo que não é material, não é só atraente. Inclusive é fácil entender que quando experimentamos o choro na alma (pedras); é que saberemos experimentar e valorizar as alegrias da alma. Muitas vezes o crescimento dói (pedras); muitas vezes temos que nós mesmos retirar pedras do caminho e com isso, ficamos fortes. 
O ser humano precisa da Palavra, do espírito de Deus, que diz onde encontrar a vida verdadeira. 
Jesus é lúcido, propõe que precisamos do equilíbrio entre pedras e pães,  das coisas terrenas e das coisas celestiais, que não vem da mágica.
Isso nos diz que, para o ser humano ser feliz é preciso essa conexão entre corpo, alma e espírito, que enquanto permanecemos no pão, provavelmente o vazio vai continuar batendo, pedindo "algo mais".
A maioria de nós só quer o pão, buscamos por cura do corpo, por saciar o estômago, por bens materiais, preencher a alma e não alimento do espírito.
                                 E você está correndo atras do pão ou da Palavra?

Iseli Cruz - Setembro/19


domingo, 22 de setembro de 2019

A viagem na estrada; a viagem no caminho.

Entre a estrada e o caminho.

A estrada pode ter curvas, subidas e descidas, pode ser curta, larga, longa, ou perigosa. Por vezes  dará a impressão que experimenta emoções, no entanto, já está definida, pronta, pré-estruturada, pode ser de concreto, rígido, ou de barro, cascalho, pedregulho,  você saberá que horas estará chegando ao fim dela.

Você não participou dessa construção, talvez a pagou, ou pague. Há regras para usá-la, há limites, há radares, há vigilância, há punições. Talvez isso lhe represente conforto, sensação de segurança. Talvez também não queira  desgastes, riscos que interfiram em seus planos de chegada.
Na estrada, tudo pode ser programado com antecedência, lhe dando a impressão de total controle, sendo até possível escolher aquilo que lhe dá prazer, garantias, agilidade, belas paisagens, economia, ganho de tempo para fazer outras coisas, acumular tarefas. Afinal já pensaram pra você, já decidiram por você e até te monitoram a fim que cumpra tudo.

No caminho não há nada disso. Nele há liberdade, atenção e descobertas a cada movimento. Você livre. Seus passos, seus pés poderão traçar a direção. Pode parar, pode seguir, decide o tempo, explora o que encanta cada curiosidade do olhar. Você sentirá o cheiro, o ar, a temperatura e
luminosidade em seu tempo natural.

Acontecerá uma conexão com o ambiente, entre a intuição e o real; entre fantasia e a emoção que pulse o peito. Você pode escolher caminhar reto, dia ou noite, descansar ou seguir. Cada descoberta fará com que você se conheça melhor, suas habilidades, inseguranças, mas também a coragem e a força para o novo que ninguém tenha percebido ou escrito antes de você.

No caminho você poderá se guiar pelo coração, pelos rios, pelos pássaros, pelas estrelas, pela lua, ou pelo sol.

Além de tudo isso, escolher ser guiado(a) pelo Criador do Cosmos, da mata, da floresta, dos animais, das flores e anjos. Caminho sem finitude, paz, harmonia e alma livre.

O caminho, pode te levar a ajudar ou receber de outros, principalmente daqueles que estarão pronto para lhe estender as mãos se você começar a se perder. Não haverá competição, porque todos buscam encontrar o ponto de chegada que somente para si faça sentido, e esse, será o dia em que cada um percebe que encontraram a si mesmos no percurso.

Os únicos preferem  caminho, mesmo que dê trabalho, mesmo que pareça cansativo, porque não há nada pior que ser conduzido por algo ou alguém que não te conheça, que não te leve em conta, que não olhe pra dentro da sua essência, e decide escolher o que é bom pra você.

No caminho, não há tempo para chegada, há tempo para experimentar, sentir, se emocionar e construir dentro de você em profundidade, em uma construção que vai acontecendo através das suas escolhas. Ninguém monitora, a não ser a sua própria consciência, as garantias vem das suas próprias pisadas em solo consistente. Tudo terá verdade e legitimidade sobre quem você consegue ser. Você colhe, o que você mesmo plantou.

Muitos preferem a estrada, poucos o Caminho, nela você segue alguém, no caminho segue você mesmo (a); na estrada você é controlado e conduzido(a), o Caminho te liberta; na estrada você aprova ou reprova, no Caminho contempla, na estrada você encolhe, no Caminho cresce, descobre, e constrói consciência.

No"Caminho" há alguém por perto para lhe mostrar a "Verdade"; sendo que o que rege o Caminho é o Amor, falando continuamente e ocultamento em seu coração, te levando a descobrir em cada passo dado, que você foi considerado em tudo isso, a fim de construir a "Vida".

Estradas estão prontas, Caminho você constrói; estradas há muitos desconhecidos no comando, Caminho você  escolhe quem irá com você.

E então... você prefere estrada ou Caminho?


Iseli Cruz
Manhãs, tardes e noites de Setembro/19

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

No mundo dos heteros!

Resolvi trazer essa reflexão de forma aberta e transparente, a fim de trocarmos opinião a respeito do tema. Cada vez mais comum nas conversas sociais de ambos os sexos, dilemas apresentados nas sessões de psicoterapia, nisso, sabemos que estão presentes nos lares, nas famílias, nas DRs, ou ocultas e discretas veladas às falas, no entanto na mente e corações.

Ouço frases do tipo "Quem gosta de homem é gay, mulher gosta de dinheiro"; Quem tem paciência com mulher é outra mulher, homem gosta de sexo"; "Se não serve nem pra trocar o chuveiro, não quero um traste pra me dá trabalho"; Se for pra ter barulho na minha orelha, uso fone de ouvido"; Não suporto mais ele, finjo e pronto, dou pra ele, ele fica feliz e paga as contas"; "Não sei porque tá tão cansada se tem tudo na mão"; "Não quero lavar cuecas, não quero cuecas na minha gaveta"; "Mulher é fácil, só abrir a carteira"; e por fim, "No fim do dia, ela tem que fazer porque é coisa de mulher, trabalho o dia todo, quero sofá, celular, futebol e chega!!"; "Depois dessa? Desse? Casamento nunca mais, relacionamento sem compromisso e paz!!"

Presentes nos casamentos ou relacionamentos informais, inúmeras frases que vão expressando insatisfações, deles e delas, revelando sentimentos contidos, mal resolvidos, mágoas inconscientes, desabafos, dores, frustrações, decepções, que até então eram de longa data, hoje já não mais, surge tão logo passe a fase da paixão impulsiva do desejo e encantamento, entre os três primeiros meses a três anos, ou até que um dos dois encontrem outra pessoa, ou ainda, se esgotem no desgaste.

As belas fotos ficam por conta das capas nas festas, faces, instagram e whatzzap.

A mulher ganhando independência e autonomia, força, liberdade de expressão, perde o "medo" dos homens dito machistas, conservadores e dominador. Elas se divertem bem mais, seduzem bem mais, se impõem bem mais; e o homem tende a tirar proveito disso também.

Eles possuem a tendência de seguir os movimentos delas, aprovam a liberalidade, fazem uso das carências emocionais que elas carregam dentro de si, usam a conquista e o prazer de "graça".

Característica natural deles, não querem levar muito a sério e em profundidade, se vêem no domínio, ora pelo sexo experiente que oferecem, ora porque reafirmam o poder, desfrutam da companhia masculina que elas querem, ou simples competição e acomodação. Não percebem o oculto que existe, e que logo serão descartados, ou colocados embaixo do braço das mais racionais, comportamento que até então, era deles.

O que acontece com aqueles que desejam relacionar-se de fato? Experimentam os reflexos desse movimento moderno contemporâneo, "sofrimento, angústias e adoecimento emocional. Perdas na qualidade e profundidade da relação familiar, filhos comprometidos, aumento da depressão e ansiedade".

Na maioria das vezes sentem-se perdidos, sem saber identificar um parceiro, uma parceira que busque a mesma coisa, por vezes, passam a ser vítimas (ambos), daqueles que preferem não ter trabalho, nem sensibilidade para a construção de uma vida simples, confortável e gratificante da relação estável.

Será o fim da essência do masculino e feminino? Ou a liberdade levará a abertura para a construção de novas consciências?

Participe, envie seu comentário!!

Iseli Cruz / Setembro-19.