domingo, 29 de setembro de 2019

Quer ser feliz?

Todos nós queremos ser feliz.
Quando entendemos que ser feliz é ter, é ser saciado, preenchidos ou "plenos", buscamos tudo que enxergamos ao redor, incluindo coisas e pessoas.
A adolescência normalmente é o nosso maior período de consumo, principalmente atendido pelos pais.
Na juventude, cheios de energia, passamos a lutar pelo que a sociedade nos estimula, pelos modelos da mídia, da família, casamento, e pelo que nossos próprios sonhos direcionam. "Fase do auge".
Na idade adulta e maturidade, começamos a desconfiar que "falta algo mais",  independente do lugar que chegamos, nos damos conta de um vazio na alma.
Se formos guiados pelos anseios da alma (que é meramente humana), a busca se fixa nas coisas materiais. Sendo possível envelhecer lutando, procurando, pelo que nossos olhos veem, e normalmente frustados morreremos, com a sensação de não ter alcançado a tal felicidade.
É na maturidade que as angústias da alma adoecida e vazia pede mais, ou também quando acomodamos a dizer enganosamente: "sou feliz, estou satisfeito, conquistei tudo que almejei, sou realizado(a)!!"

O que te falta?
Foi na juventude que Jesus encontrou um mágico encantador sádico e ofereceu a Ele, algumas sugestões para preenchê-lo. Inclusive pediu à ele para transformar pedras em pão. Que tentador!!! Transformar pedras em pão. 
Qual pão pode ser esse? 
Pão é algo para saciar, alimentar o corpo, dar prazer. 
Será que não é o mesmo que nossa alma busca para ser feliz? 
Era como se o encantador mágico dissesse: "Transforma tudo que é pedra (difícil) em pão, tudo fácil, em carnaval. Todos ficarão felizes! Muito prazer, muitos atrativos, beleza, glamour. Se encha e encha os humanos disso e eles ficarão felizes". 
Pão também pode ser casa, carro, roupas, formação acadêmica, dinheiro, tudo que se refere ao material, pode ser chamado de pão nesse exemplo do que foi ali oferecido.
Jesus responde: "Nem só de pão viverá o homem, mas de Toda Palavra da boca de Deus". Nem só de comida, bebida, maconha, prazeres, sexo, alimentos, remédios, casa, família, casamento, filhos, carros,viagens, realização momentânea, coisas que o dinheiro compra.

Qual Palavra Jesus se referia?
A Palavra de orientação de Deus, que nos enche do que é verdadeiro, consistente e eterno.
Está falando que não somos apenas corpo, matéria. Somos espírito, que não é concreto, não é palpável. A felicidade vem daquilo que não é material, não é só atraente. Inclusive é fácil entender que quando experimentamos o choro na alma (pedras); é que saberemos experimentar e valorizar as alegrias da alma. Muitas vezes o crescimento dói (pedras); muitas vezes temos que nós mesmos retirar pedras do caminho e com isso, ficamos fortes. 
O ser humano precisa da Palavra, do espírito de Deus, que diz onde encontrar a vida verdadeira. 
Jesus é lúcido, propõe que precisamos do equilíbrio entre pedras e pães,  das coisas terrenas e das coisas celestiais, que não vem da mágica.
Isso nos diz que, para o ser humano ser feliz é preciso essa conexão entre corpo, alma e espírito, que enquanto permanecemos no pão, provavelmente o vazio vai continuar batendo, pedindo "algo mais".
A maioria de nós só quer o pão, buscamos por cura do corpo, por saciar o estômago, por bens materiais, preencher a alma e não alimento do espírito.
                                 E você está correndo atras do pão ou da Palavra?

Iseli Cruz - Setembro/19


domingo, 22 de setembro de 2019

A viagem na estrada; a viagem no caminho.

Entre a estrada e o caminho.

A estrada pode ter curvas, subidas e descidas, pode ser curta, larga, longa, ou perigosa. Por vezes  dará a impressão que experimenta emoções, no entanto, já está definida, pronta, pré-estruturada, pode ser de concreto, rígido, ou de barro, cascalho, pedregulho,  você saberá que horas estará chegando ao fim dela.

Você não participou dessa construção, talvez a pagou, ou pague. Há regras para usá-la, há limites, há radares, há vigilância, há punições. Talvez isso lhe represente conforto, sensação de segurança. Talvez também não queira  desgastes, riscos que interfiram em seus planos de chegada.
Na estrada, tudo pode ser programado com antecedência, lhe dando a impressão de total controle, sendo até possível escolher aquilo que lhe dá prazer, garantias, agilidade, belas paisagens, economia, ganho de tempo para fazer outras coisas, acumular tarefas. Afinal já pensaram pra você, já decidiram por você e até te monitoram a fim que cumpra tudo.

No caminho não há nada disso. Nele há liberdade, atenção e descobertas a cada movimento. Você livre. Seus passos, seus pés poderão traçar a direção. Pode parar, pode seguir, decide o tempo, explora o que encanta cada curiosidade do olhar. Você sentirá o cheiro, o ar, a temperatura e
luminosidade em seu tempo natural.

Acontecerá uma conexão com o ambiente, entre a intuição e o real; entre fantasia e a emoção que pulse o peito. Você pode escolher caminhar reto, dia ou noite, descansar ou seguir. Cada descoberta fará com que você se conheça melhor, suas habilidades, inseguranças, mas também a coragem e a força para o novo que ninguém tenha percebido ou escrito antes de você.

No caminho você poderá se guiar pelo coração, pelos rios, pelos pássaros, pelas estrelas, pela lua, ou pelo sol.

Além de tudo isso, escolher ser guiado(a) pelo Criador do Cosmos, da mata, da floresta, dos animais, das flores e anjos. Caminho sem finitude, paz, harmonia e alma livre.

O caminho, pode te levar a ajudar ou receber de outros, principalmente daqueles que estarão pronto para lhe estender as mãos se você começar a se perder. Não haverá competição, porque todos buscam encontrar o ponto de chegada que somente para si faça sentido, e esse, será o dia em que cada um percebe que encontraram a si mesmos no percurso.

Os únicos preferem  caminho, mesmo que dê trabalho, mesmo que pareça cansativo, porque não há nada pior que ser conduzido por algo ou alguém que não te conheça, que não te leve em conta, que não olhe pra dentro da sua essência, e decide escolher o que é bom pra você.

No caminho, não há tempo para chegada, há tempo para experimentar, sentir, se emocionar e construir dentro de você em profundidade, em uma construção que vai acontecendo através das suas escolhas. Ninguém monitora, a não ser a sua própria consciência, as garantias vem das suas próprias pisadas em solo consistente. Tudo terá verdade e legitimidade sobre quem você consegue ser. Você colhe, o que você mesmo plantou.

Muitos preferem a estrada, poucos o Caminho, nela você segue alguém, no caminho segue você mesmo (a); na estrada você é controlado e conduzido(a), o Caminho te liberta; na estrada você aprova ou reprova, no Caminho contempla, na estrada você encolhe, no Caminho cresce, descobre, e constrói consciência.

No"Caminho" há alguém por perto para lhe mostrar a "Verdade"; sendo que o que rege o Caminho é o Amor, falando continuamente e ocultamento em seu coração, te levando a descobrir em cada passo dado, que você foi considerado em tudo isso, a fim de construir a "Vida".

Estradas estão prontas, Caminho você constrói; estradas há muitos desconhecidos no comando, Caminho você  escolhe quem irá com você.

E então... você prefere estrada ou Caminho?


Iseli Cruz
Manhãs, tardes e noites de Setembro/19

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

No mundo dos heteros!

Resolvi trazer essa reflexão de forma aberta e transparente, a fim de trocarmos opinião a respeito do tema. Cada vez mais comum nas conversas sociais de ambos os sexos, dilemas apresentados nas sessões de psicoterapia, nisso, sabemos que estão presentes nos lares, nas famílias, nas DRs, ou ocultas e discretas veladas às falas, no entanto na mente e corações.

Ouço frases do tipo "Quem gosta de homem é gay, mulher gosta de dinheiro"; Quem tem paciência com mulher é outra mulher, homem gosta de sexo"; "Se não serve nem pra trocar o chuveiro, não quero um traste pra me dá trabalho"; Se for pra ter barulho na minha orelha, uso fone de ouvido"; Não suporto mais ele, finjo e pronto, dou pra ele, ele fica feliz e paga as contas"; "Não sei porque tá tão cansada se tem tudo na mão"; "Não quero lavar cuecas, não quero cuecas na minha gaveta"; "Mulher é fácil, só abrir a carteira"; e por fim, "No fim do dia, ela tem que fazer porque é coisa de mulher, trabalho o dia todo, quero sofá, celular, futebol e chega!!"; "Depois dessa? Desse? Casamento nunca mais, relacionamento sem compromisso e paz!!"

Presentes nos casamentos ou relacionamentos informais, inúmeras frases que vão expressando insatisfações, deles e delas, revelando sentimentos contidos, mal resolvidos, mágoas inconscientes, desabafos, dores, frustrações, decepções, que até então eram de longa data, hoje já não mais, surge tão logo passe a fase da paixão impulsiva do desejo e encantamento, entre os três primeiros meses a três anos, ou até que um dos dois encontrem outra pessoa, ou ainda, se esgotem no desgaste.

As belas fotos ficam por conta das capas nas festas, faces, instagram e whatzzap.

A mulher ganhando independência e autonomia, força, liberdade de expressão, perde o "medo" dos homens dito machistas, conservadores e dominador. Elas se divertem bem mais, seduzem bem mais, se impõem bem mais; e o homem tende a tirar proveito disso também.

Eles possuem a tendência de seguir os movimentos delas, aprovam a liberalidade, fazem uso das carências emocionais que elas carregam dentro de si, usam a conquista e o prazer de "graça".

Característica natural deles, não querem levar muito a sério e em profundidade, se vêem no domínio, ora pelo sexo experiente que oferecem, ora porque reafirmam o poder, desfrutam da companhia masculina que elas querem, ou simples competição e acomodação. Não percebem o oculto que existe, e que logo serão descartados, ou colocados embaixo do braço das mais racionais, comportamento que até então, era deles.

O que acontece com aqueles que desejam relacionar-se de fato? Experimentam os reflexos desse movimento moderno contemporâneo, "sofrimento, angústias e adoecimento emocional. Perdas na qualidade e profundidade da relação familiar, filhos comprometidos, aumento da depressão e ansiedade".

Na maioria das vezes sentem-se perdidos, sem saber identificar um parceiro, uma parceira que busque a mesma coisa, por vezes, passam a ser vítimas (ambos), daqueles que preferem não ter trabalho, nem sensibilidade para a construção de uma vida simples, confortável e gratificante da relação estável.

Será o fim da essência do masculino e feminino? Ou a liberdade levará a abertura para a construção de novas consciências?

Participe, envie seu comentário!!

Iseli Cruz / Setembro-19.