segunda-feira, 6 de abril de 2020

O que você faz e como você faz




O "como"
Entre a mente, o cérebro e o coração há um caminho que é preciso ser percorrido para mudar o sentido daquilo que executamos.
O vinho que está em nossa mesa, veio através do derramar do sangue.
O pão que está em nossa mesa, veio do suor, dor da carne e corpo.
O mistério é revelado a partir do vivenciar - o como.




Se apenas fazemos, estamos nada mais que executando tarefas possíveis (recebida ao nascermos), ao que aprendemos a denominar de inteligencia e capacidade.
Esse, pode ser um processo automático, aprimorado e desenvolvido para grandes descobertas, capazes de mudar a direção das coisas no mundo.




Esse processo ganha um novo significado, a partir do momento que transita, faz um percurso, um caminho entre a percepção da mente e a chegada ao coração.
A partir do que possuímos em nosso coração, o efeito é completamente diferente, para fora de nós.
Por isso Jesus afirmou que nosso maior tesouro está onde, e naquilo que sai do nosso coração e, posterior transformado em palavras ( Mt. 15:18).





Fazer todos somos capazes, independente do que temos materialmente, independente da nossa condição física, porque em cada um há dons, talentos e potenciais inerentes a qualquer condição. Até o mais comprometido  com "deficiências", é capaz de produzir algo de bom.
Tudo depende do olhar de quem interpreta e recebe aquilo que está sendo oferecido.
Isso também passa pela linguagem do cérebro e pelo coração.


O processo do "como", que percorre entre o que percebo e interpreto vai mudando a saúde da mente, vai alterando o racional em sentimentos, a frieza em gratidão, o morto em vida.




Você ja se deu conta de como você acorda?
Como você respira ao acordar?
Já se deu conta em como você toma seu banho e seu café da manhã?
Ao menos, no mínimo, precisamos perceber que estamos respirando, enxergando, e que nosso corpo se colocou de pé, que a mente processa, tamanho volume de dados que me fazem lembrar qual dia estamos, qual afazer temos e que tudo que está acontecendo e porque estou vivo(a). 


O que você recebeu e que está em sua mesa, a água, o leite, o feijão, os ovos, veio da terra, da semente, do gado, do trabalhador, do transporte, do seu trabalho.
Ao olhar para fora, ouve sons de carros, dos pássaros, tenha sol ou chuva, há um odor no ar.
Faz parte do processo "do como você e eu" estamos vivendo de fato.
Receber e não saber agradecer mata o "como", é automatizado, mecânico, repetido, aprendido.
Receber e apenas usar, descartar  e seguir sem despertar para o que está fazendo, nos torna predadores na existência.

Para vivenciar "o como" precisamos trabalhar nossa ansiedade, pois, entre o fazer e como fazer, está o degustar, o acolher, o efeito  transformador dentro de nós.
Não há técnica ultra moderna, mística ou quântica, que possa transformar e criar, o que somente o espírito de Deus faz.
A fé, está na linha que interliga mente e coração.
Para que não se perca a conecção ente ambos, existe a fé, que nos mostra que sem Deus, humanamente podemos ser tudo, mas enquanto isso não se transforme em vida, ainda estamos sendo nada.
Sem fé e sem Deus realizamos tudo, mas permanecemos existindo como nada.

O que precisamos?
Homens precisam de caráter para desenvolver a fé, mulheres precisam de sensibilidade.
Precisamos da fé para construirmos e interpretarmos "o como" em nós.


Iseli
Abril/20







2 comentários:

  1. Tão profundo que ler somente não basta.Terei que reler,pensar...

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