domingo, 12 de novembro de 2017

Relacionamento maduro.

Ter o que oferecer
é amar.


Bom seria se ao iniciarmos um relacionamento afetivo fosse possível haver algumas perguntas feitas e respondidas dentro de nós tais como – o que tenho a oferecer de bom a essa pessoa, ou, o que gostaria de dividir da minha intimidade com ela, ou, o que ela tem de experiências para trocarmos e crescermos juntos?





Na maioria das vezes, mergulha-se de cabeça sem dar conta de que nem um dos dois está pronto.
O mais comum é sair à busca daquilo que a pessoa tem a oferecer, na expectativa que sejamos felizes juntos.

É triste assistirmos pessoas partindo em busca de sucessivos relacionamentos quer tenham sido casadas ou não, sem terem amadurecidos com tais experiências.

Precisamos ir prontos para oferecer e termos em mente que já aprendemos a nos cuidar e também suprir nossas necessidades além de alguns recursos na bagagem.

Sair à busca de alguém para nos suprir quer seja materialmente ou afetivamente é garantia de frustrações.

Bem como querer cuidar de alguém, pois na relação afetiva não é nossa função principal, a pessoa que está diante de mim também precisa saber se cuidar, caso contrário tudo se tornará um peso durante a caminhada.

Entrar na vida de alguém para cuidar ou esperando sermos cuidados, é como querer que alguém junte nossos cacos e querer juntar dos cacos da outra pessoa.

Sendo adultos e maduros, cada qual deve ser responsável para dar conta de juntar os próprios cacos que trazem na bagagem, podendo já ter transformado tais cacos em mosaicos.

Ao sabermos cuidar de nossos próprios conflitos, contribuiremos para uma relação leve e alegre, do contrário, atribuiremos ao outro uma responsabilidade acima da qual ele/ela dará conta.

Em nossa atualidade e nas relações entre adultos, consideramos que a relação acontecerá entre dois inteiros e não entre duas metades, pois é comum que cada qual inicie um relacionamento já tendo vivido experiências anteriores e que passarão a lidar com o que tem no presente e o que virá pela frente.

Esse é o ganho das relações maduras, pessoas cuja trajetória chegou à autonomia e aprendeu a serem agente de si mesmo ou que pelos menos já tenham consciência disso e estejam a caminho.


Iseli Cruz – Nov/17

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