Nany e Mestre |
Gostei tanto dessa história que resolvi participar um
pouco nela.
Desconheço a autoria, deixo aqui meu muito obrigado.
“Certo homem possuía um cavalo, velho amigo de estimação os quais
possuíam anos de aventuras e experiências juntos.
Seu animal veio
a adoecer gravemente e perdeu a visão.
Preocupado e triste, o homem teve a ideia de fazer algo por seu
amigo fiel que estava sem estímulo para cavalgar por não conseguir enxergar.
Adquiriu outro cavalo, colocou um sino em seu pescoço, para que a cada
movimento que o novo animal fizesse, sinalizava ao cavalo cego e estimulava-o a
segui-lo onde quer que fosse.
O jovem animal adquirido cumpriria um papel importante para
aquele que não mais enxergava – Seria um guia com seu sino, mostrando direções
para um amigo.
Assim aconteceu... O novo animal que chegara recente explorava
dia a dia sua nova moradia, seu novo território. O cavalo cego o seguia
ativamente percorrendo os campos, alegre e animado e aos poucos, voltou a
recuperar seu ânimo e vigor.
Seu dono, assistindo tudo isso acontecer, também voltou a sorrir
por ajudar seu amigo de tantos anos, companheiro de incontáveis cavalgadas,
agora superando o estado de cegueira e ambos poderiam continuar desfrutando
de companhia.
Autor desconhecido.
Essa primeira parte da história nos mostra
o quanto há valor na solidariedade, na amizade verdadeira e sincera construída
em anos até mesmo entre humanos e animais.
Mostra também que não devemos temer adoecimentos,
mudanças ou circunstâncias que atingem nosso corpo, quando somos amados
de verdade.
Mais que isso, fala da importância de termos sinos
em nossas vidas – aqueles que mostram direcionamento durante nossa caminhada pela
vida.
Agora prossigo em minha versão:
O que o dono não esperava, era viver tamanha surpresa
de seu velho amigo. Que seu animal experiente e conhecedor daqueles campos, também
tinha gratidão por ele.
Certo dia em um dos passeios, o cavalo jovem, impulsivo,
inexperiente, cheio de energia e segurança avançou o território de seu novo
dono, vindo a se perder.
Adentrou caminhos perigosos sem se dar conta de onde estavam e
nem mesmo que estava em perigo caindo em terras de inimigos.
O cavalo cego, muito experiente conhecedor do campo se recusou a
prosseguir, agitou-se ferozmente com seu dono montado derrubando-o.
Seu dono, preocupado, pois não era comum tal reação, no chão
permaneceu assustado averiguando o que havia com seu animal.
Eis que, sobrevieram ruídos de tiros e gritos de matança.
Seu dono perplexo, tenso, angustiado se deu conta de onde estavam,
pôs-se a montar e sair imediatamente daquela região, pois bem sabia o risco que
estavam correndo.
Em casa, pôde se dar conta do quanto seu velho amigo estava
atento. Percebeu que aquela cegueira era apenas um detalhe,
que isso não comprometera a sensibilidade, muito menos a experiência e
lealdade de seu fiel amigo. Ele mantinha-se com a percepção aguçada, característica típica do
animal, além de tantas outras qualidades que ele possuía.
O animal mais jovem percebeu que era guia com seu sino, mas tinha
muito que aprender de experiência, bondade e principalmente a respeito da fiel amizade entre seu amigo e novo dono.
Por isso, a partir de então, seu amigo, mesmo cego passou a ser
também um sino para ele.
Observações:
. Deus criou homens e animais, para haver fidelidade e cuidados entre ambos
também;
. Não há nada que se perde em nós no decorrer do tempo quando
preservamos nosso melhor naquilo que fazemos;
. Ninguém é maior ou melhor que outros;
. Deficiências não deformam nosso caráter nem nossa dignidade!!
Iseli Cruz
Jan/18.
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