domingo, 3 de abril de 2016

Caminhos para ser bem sucedido (a) em seu relacionamento afetivo.



             Qual segredo para se casar e ser bem sucedido(a) ?
               Como encontrar seu par metade e dar certo ?
Introdução
Cada vez mais as pessoas buscam caminhos para ser feliz em seus relacionamentos. Vivemos tempos difíceis onde as mulheres dizem não ter homens bacanas para relacionamentos sérios e homens dizem não haver mulheres capazes de levar um relacionamento adiante.
Tantas literaturas de auto-ajuda, tantos caminhos mágicos sendo consultados e cursos de como encontrar seu par perfeito, além dos sites de encontros virtuais. Tudo rápido, antes que outra pessoa chegue primeiro que eu. A competição entre as mulheres são acirradas para evitar o horror da solteirice.
Os homens ainda contam com o “privilégio” das escolhas, diante de um número de parceiras variadas na tentativa de encontrar àquela que deverá investir.
Caminhada conhecida entre vários
Existe um bom número de casais que preferem tentar sem assumir o compromisso do casamento, ao se conhecerem passam a dividir o mesmo espaço precocemente, da mesma forma que começam, termina, também precocemente. Começam pela intimidade sexual, pela atração física, pela carência, pela ansiedade de ter alguém ao lado. Levam para casa, levam as roupas e quando menos percebem estão compartilhando uma vida a dois. Dizem ter se dado bem, terem encontrado a pessoa que procuravam, que estão amando, que dessa vez dará certo, sendo essa muitas vezes, uma quarta, quinta, sexta ou décima tentativa.
Outros se casam, formalizam, mostram a sociedade que encontrou sua cara metade, apaixonadamente esbanjam alegria, festejam. Alguns estão no segundo, no terceiro. Não desistiram de tentar do “jeito certo”, fazem questão da aprovação familiar, religiosa e até mesmo dos filhos.    
Ambos os exemplos, independente da forma que começam, estão buscando alguém e se frustrando, vão se decepcionando sempre considerando que o erro está no outro. O discurso é sempre o mesmo – o amor acabou, a atração passou, o interesse diminuiu – é melhor, mais fácil, menos desgastante tentar com a mesma pessoa, melhor partir em busca de outro (a).
Pessoas mais experientes, que já tiveram relacionamentos mal sucedidos, formalizados ou não, adotam uma lista de critérios, um currículo constando de requisitos básicos procurando não cair na mesma falha e no mesmo fracasso.

Características que levam o relacionamento ao fracasso
A palavra “relacionamento” já diz que envolvem duas pessoas ou mais. Ninguém se relaciona sozinho, logo tudo implica e consta de dois lados.
A palavra  “encontro” também segue o mesmo sentido - quero encontrar - Falamos de uma dinâmica relacional envolvendo um par desejante para caminhar junto. Também existe a expressão “unidade” para se referir a um casal – eles formam uma unidade.
Interessante que após o fracasso, ambos se isentam, apontando ao outro como culpado ou responsável e nada disso possui mais importância.

Está em mim o problema ?
Nos discursos, claramente, não. O problema é do outro. Ele(a) é difícil, teria que mudar muitas coisas, teria que ser menos egoísta, saber compartilhar carinho, atenção, afeto, sinceridade, lealdade. Não sabe conviver, se relacionar, é exigente, fechado (a), não me compreende, não abre mão de nada.
Quantas queixas do outro, quantas tentativas de justificar o porquê do rompimento, o porque da traição, o porque não deu para levar adiante com a mesma pessoa.
O outro, o outro, o outro. A razão do fracasso, sempre do outro. Recentemente a cantora Sharon declarou sobre o fim de seu casamento de alguns dias – “Ele não era o que eu esperava”.
Expectativas e exigências não atendidas mostram claramente o egoísmo dentro de cada um de nós – Espero que o outro me supra, traga para mim bem- estar e a felicidade que desejo - o famoso venha a mim.
Falta de conhecimento de si mesmo impede que percebamos com clareza nossa contribuição nesse fracasso. Quanto mais críticas, exigência e insensibilidade meu olhar na direção do outro, menos entro em contato comigo mesmo. Ficar atento naquilo que ele(a) faz que não agrada, impede o vínculo. Tereza de Calcutá definiu com clareza isso quando disse “Enquanto julgamos os defeitos, não temos tempo para amar”.
Quando não nos conhecemos o suficiente, não abrimos nosso baú cheio de mofo, de peças apodrecidas, de questões mal resolvidas, emocionais carregados de partes familiares, de tabus, temos a tendência de viver fugindo daquilo que é feio e estragado dirigindo os olhares para os defeitos do outro para que os meus continuem em segredo e imexíveis. Apontar o dedo para frente é mais fácil que curvá-lo para nós. Dói menos, custa menos e permaneço falsamente no papel de bonzinho. Além do mais, tirar máscaras dá muito trabalho, já que vivemos em uma sociedade que o sucesso e a valorização está em pessoas fake,  habilidosas em representar. Ninguém está muito interessado em qualidade, profundidade e lealdade.

Princípios morais são critérios que falham principalmente quando não conheço minhas falhas morais e costumo achá-las normais. Ser uma pessoa de moral exemplar não impede que ela seja indesejável em outros aspectos.

Beleza falha, carinho, sedução também falham, por serem traços que se alteram dependendo de como enxergamos e como lidamos com realidades de tempos em tempos. Ninguém é belo, carinhoso e sedutor o tempo todo e nem permanece admirável após algum tempo de convívio. Vamos nos familiarizando conforme permanecemos juntos e perdemos de vista a lente que utilizamos no começo do relacionamento. Além de que o dia-a-dia faz com que outros de fora aparecem com novidades que se tornam mais atraentes porque nossa curiosidade nos direciona a olhar o que está fora do meu cotidiano.

Características que cada um precisa desenvolver
                               - Afetividade
                               - Sensibilidade
                               - Espiritualidade
                               - Caráter

Pessoas que possuem esses traços tendem a se relacionar de forma diferente e saudável.
Vejam se conseguem fazer um paralelo entre as características acima citadas com aquelas que falham. Perceba a diferença entre ambas. Observe que as características que falham são de ordem concreta, material, palpável. Enquanto que essas são de origens abstratas e imperceptíveis.
Essas características favorecem e possibilitam a construção de um relacionamento equilibrado e possível de subsistir a momentos que requerem estrutura do casal. São demonstradas pela pessoa através dos pensamentos, das atitudes e gestos na direção daqueles com quem se depara no dia-a-dia quer sejam a pessoas da família, do trabalho e até mesmos a estranhos, vinculadas ou não. No relacionamento a dois, elas são essenciais.
Essas características não são possíveis ser identificadas apenas nos encontros casuais, momentos de lazer ou diversão. São necessários momentos alternados cuja situação sejam espontâneas e sem disfarces.
Essas características - sensibilidade, afetividade, espiritualidade e caráter – serão apresentadas nas tomadas de atitudes convencionais, e dificilmente alguém consegue representá-las por muito tempo sem cometer gafes.
Pessoas que possua pelo menos duas delas combinando sempre com o caráter, torna-se possível obter êxito no relacionamento. Isso porque dificilmente adquirimos todas antes do nosso amadurecimento. As pessoas mais jovens estão desenvolvendo-as e firmando-as em sua estrutura, no entanto, logo após a adolescência elas são observadas.
 Outra consideração é sobre o uso que fazemos dessas características. Existem pessoas que as possuem mas não saber lidar e nem expressá-las. Exemplo disso é nossa sensibilidade, muitas vezes só a expressamos através de reações infantilizadas. Por isso os elementos caráter e espiritualidade dão as bases para que tanto a sensibilidade como a afetividade possas ser vivenciadas de forma saudável.
Quando me refiro a espiritualidade, não estou falando de religiosidade e quando me refiro a afetividade não me refiro a carinho. São facilmente confundidos ou misturados, mas não possuem a mesma essência.
É de grande importância conhecermos bem essas características, sugiro que busquem a definição de cada uma, assim ficará mais claro se você a possue, qual a proporção e se sabem fazer bom uso em sua vida.
Talvez alguns perguntem o que tem a ver a característica da espiritualidade dentro de um relacionamento. Ela é de valor peculiar, pois trata-se de um elemento que nos possibilita desenvolvermos atitudes ligadas a sublimidade, ao sobre-natural, elementos invisíveis. A fé faz parte disso também. Ao aprendermos a nos relacionarmos com o que não vemos, desenvolvemos habilidades para sentir, não vemos, mas sentimos a existência do amor por exemplo. Pessoas que possuem fé, aprendem a contar com algo invisível, não atingível apenas por esforço humano. Saber e contar com a ajuda do Sagrado, do Divino e de um ser Criador superior a nós, favorece contarmos com ajuda superior, em momentos que não possuímos recursos humanos suficientes.
Cada pessoa individualmente e que conquista ao outro e trouxer esses traços para dentro do relacionamento conjugal tem muitas chances de serem bem sucedidos porque são elementos que possibilitam a criação de vínculo, cumplicidade, companheirismo, fidelidade, e habilidade para enfrentar problemas e crises que surgem ao longo dos anos juntos. Precisamos aprender ouvir, falar, precisamos silenciar, identificar angústias próprias e as do outro. Sabermos acolher, compreender, perdoar, abrir mão de mesquinharias, saber nos valorizar e respeitar e também quem está ao nosso lado.
Procurar alguém com esses traços me garantirá êxito?
Sim. Sem se esquecer de que você também precisa ser assim. Adquirir tais características é mais importante que procurar alguém que as tenha, pois isso fará de você alguém especial e pronta para amar. Além disso, uma pessoa que as possua, está em busca de alguém semelhante.

Iseli.
Março/16

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