Qual segredo para se casar e ser
bem sucedido(a) ?
Como encontrar seu par metade e dar
certo ?
Introdução
Cada vez
mais as pessoas buscam caminhos para ser feliz em seus relacionamentos. Vivemos
tempos difíceis onde as mulheres dizem não ter homens bacanas para
relacionamentos sérios e homens dizem não haver mulheres capazes de levar um
relacionamento adiante.
Tantas
literaturas de auto-ajuda, tantos caminhos mágicos sendo consultados e cursos
de como encontrar seu par perfeito, além dos sites de encontros virtuais. Tudo
rápido, antes que outra pessoa chegue primeiro que eu. A competição entre as
mulheres são acirradas para evitar o horror da solteirice.
Os homens ainda
contam com o “privilégio” das escolhas, diante de um número de parceiras
variadas na tentativa de encontrar àquela que deverá investir.
Caminhada
conhecida entre vários
Existe um
bom número de casais que preferem tentar sem assumir o compromisso do
casamento, ao se conhecerem passam a dividir o mesmo espaço precocemente, da
mesma forma que começam, termina, também precocemente. Começam pela intimidade
sexual, pela atração física, pela carência, pela ansiedade de ter alguém ao
lado. Levam para casa, levam as roupas e quando menos percebem estão
compartilhando uma vida a dois. Dizem ter se dado bem, terem encontrado a
pessoa que procuravam, que estão amando, que dessa vez dará certo, sendo essa
muitas vezes, uma quarta, quinta, sexta ou décima tentativa.
Outros se
casam, formalizam, mostram a sociedade que encontrou sua cara metade,
apaixonadamente esbanjam alegria, festejam. Alguns estão no segundo, no
terceiro. Não desistiram de tentar do “jeito certo”, fazem questão da aprovação
familiar, religiosa e até mesmo dos filhos.
Ambos os
exemplos, independente da forma que começam, estão buscando alguém e se
frustrando, vão se decepcionando sempre considerando que o erro está no outro.
O discurso é sempre o mesmo – o amor acabou, a atração passou, o interesse
diminuiu – é melhor, mais fácil, menos desgastante tentar com a mesma pessoa,
melhor partir em busca de outro (a).
Pessoas mais
experientes, que já tiveram relacionamentos mal sucedidos, formalizados ou não,
adotam uma lista de critérios, um currículo constando de requisitos básicos
procurando não cair na mesma falha e no mesmo fracasso.
Características
que levam o relacionamento ao fracasso
A palavra “relacionamento” já diz que
envolvem duas pessoas ou mais. Ninguém se relaciona sozinho, logo tudo implica
e consta de dois lados.
A palavra “encontro” também segue o mesmo sentido -
quero encontrar - Falamos de uma dinâmica relacional envolvendo um par
desejante para caminhar junto. Também existe a expressão “unidade” para se
referir a um casal – eles formam uma unidade.
Interessante que após o fracasso, ambos
se isentam, apontando ao outro como culpado ou responsável e nada disso possui
mais importância.
Está
em mim o problema ?
Nos discursos, claramente, não. O
problema é do outro. Ele(a) é difícil, teria que mudar muitas coisas, teria que
ser menos egoísta, saber compartilhar carinho, atenção, afeto, sinceridade,
lealdade. Não sabe conviver, se relacionar, é exigente, fechado (a), não me
compreende, não abre mão de nada.
Quantas queixas do outro, quantas
tentativas de justificar o porquê do rompimento, o porque da traição, o porque
não deu para levar adiante com a mesma pessoa.
O outro, o outro, o outro. A razão do
fracasso, sempre do outro. Recentemente a cantora Sharon declarou sobre o fim
de seu casamento de alguns dias – “Ele não era o que eu esperava”.
Expectativas
e exigências não atendidas mostram claramente
o egoísmo dentro de cada um de nós – Espero que o outro me supra, traga para
mim bem- estar e a felicidade que desejo - o famoso venha a mim.
Falta
de conhecimento de si mesmo impede que
percebamos com clareza nossa contribuição nesse fracasso. Quanto mais críticas,
exigência e insensibilidade meu olhar na direção do outro, menos entro em
contato comigo mesmo. Ficar atento naquilo que ele(a) faz que não agrada,
impede o vínculo. Tereza de Calcutá definiu com clareza isso quando disse “Enquanto
julgamos os defeitos, não temos tempo para amar”.
Quando não nos conhecemos o suficiente,
não abrimos nosso baú cheio de mofo, de peças apodrecidas, de questões mal
resolvidas, emocionais carregados de partes familiares, de tabus, temos a
tendência de viver fugindo daquilo que é feio e estragado dirigindo os olhares
para os defeitos do outro para que os meus continuem em segredo e imexíveis. Apontar
o dedo para frente é mais fácil que curvá-lo para nós. Dói menos, custa menos e
permaneço falsamente no papel de bonzinho. Além do mais, tirar máscaras dá muito
trabalho, já que vivemos em uma sociedade que o sucesso e a valorização está em
pessoas fake, habilidosas em
representar. Ninguém está muito interessado em qualidade, profundidade e
lealdade.
Princípios
morais são critérios que falham principalmente
quando não conheço minhas falhas morais e costumo achá-las normais. Ser uma
pessoa de moral exemplar não impede que ela seja indesejável em outros
aspectos.
Beleza
falha, carinho, sedução também falham, por
serem traços que se alteram dependendo de como enxergamos e como lidamos com
realidades de tempos em tempos. Ninguém é belo, carinhoso e sedutor o tempo
todo e nem permanece admirável após algum tempo de convívio. Vamos nos
familiarizando conforme permanecemos juntos e perdemos de vista a lente que
utilizamos no começo do relacionamento. Além de que o dia-a-dia faz com que
outros de fora aparecem com novidades que se tornam mais atraentes porque nossa
curiosidade nos direciona a olhar o que está fora do meu cotidiano.
Características
que cada um precisa desenvolver
- Afetividade
- Sensibilidade
-
Espiritualidade
- Caráter
Pessoas que possuem esses traços tendem
a se relacionar de forma diferente e saudável.
Vejam se conseguem fazer um paralelo
entre as características acima citadas com aquelas que falham. Perceba a
diferença entre ambas. Observe que as características que falham são de ordem
concreta, material, palpável. Enquanto que essas são de origens abstratas e
imperceptíveis.
Essas
características favorecem e possibilitam a
construção de um relacionamento equilibrado e possível de subsistir a momentos que requerem estrutura do casal. São demonstradas pela
pessoa através dos pensamentos, das atitudes e gestos na direção daqueles com
quem se depara no dia-a-dia quer sejam a pessoas da família, do trabalho e até
mesmos a estranhos, vinculadas ou não. No relacionamento a dois, elas são
essenciais.
Essas características não são possíveis
ser identificadas apenas nos encontros casuais, momentos de lazer ou diversão.
São necessários momentos alternados cuja situação sejam espontâneas e sem
disfarces.
Essas características - sensibilidade, afetividade, espiritualidade e caráter – serão apresentadas nas tomadas de atitudes convencionais,
e dificilmente alguém consegue representá-las por muito tempo sem cometer
gafes.
Pessoas que possua pelo menos duas
delas combinando sempre com o caráter, torna-se possível obter êxito no relacionamento.
Isso porque dificilmente adquirimos todas antes do nosso amadurecimento. As
pessoas mais jovens estão desenvolvendo-as e firmando-as em sua estrutura, no
entanto, logo após a adolescência elas são observadas.
Outra
consideração é sobre o uso que fazemos dessas características. Existem pessoas
que as possuem mas não saber lidar e nem expressá-las. Exemplo disso é nossa
sensibilidade, muitas vezes só a expressamos através de reações infantilizadas.
Por isso os elementos caráter e espiritualidade dão as bases para que tanto a
sensibilidade como a afetividade possas ser vivenciadas de forma saudável.
Quando me refiro a espiritualidade, não
estou falando de religiosidade e quando me refiro a afetividade não me refiro a
carinho. São facilmente confundidos ou misturados, mas não possuem a mesma
essência.
É de grande importância conhecermos bem
essas características, sugiro que busquem a definição de cada uma, assim ficará
mais claro se você a possue, qual a proporção e se sabem fazer bom uso em sua
vida.
Talvez alguns perguntem o que tem a ver
a característica da espiritualidade dentro de um relacionamento. Ela é de valor peculiar, pois
trata-se de um elemento que nos possibilita desenvolvermos atitudes ligadas a
sublimidade, ao sobre-natural, elementos invisíveis. A fé faz parte disso
também. Ao aprendermos a nos relacionarmos com o que não vemos, desenvolvemos
habilidades para sentir, não vemos, mas sentimos a existência do amor por
exemplo. Pessoas que possuem fé, aprendem a contar com algo invisível, não
atingível apenas por esforço humano. Saber e contar com a ajuda do Sagrado, do
Divino e de um ser Criador superior a nós, favorece contarmos com ajuda superior,
em momentos que não possuímos recursos humanos suficientes.
Cada pessoa individualmente e que
conquista ao outro e trouxer esses traços para dentro do relacionamento
conjugal tem muitas chances de serem bem sucedidos porque são elementos que
possibilitam a criação de vínculo, cumplicidade, companheirismo, fidelidade, e
habilidade para enfrentar problemas e crises que surgem ao longo dos anos
juntos. Precisamos aprender ouvir, falar, precisamos silenciar, identificar
angústias próprias e as do outro. Sabermos acolher, compreender, perdoar, abrir
mão de mesquinharias, saber nos valorizar e respeitar e também quem está ao
nosso lado.
Procurar
alguém com esses traços me garantirá êxito?
Sim. Sem se esquecer de que você também
precisa ser assim. Adquirir tais características é mais importante que procurar
alguém que as tenha, pois isso fará de você alguém especial e pronta para amar.
Além disso, uma pessoa que as possua, está em busca de alguém semelhante.
Iseli.
Março/16
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