Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das
consequências.
“Pablo Neruda”
Essa frase sugere uma reflexão sobre o que praticamos e/ou naquilo
que escolhemos sem nos darmos conta.
Há disfarces, que aprisionam,
Há relações que aprisionam,
Há crenças religiosas que aprisionam,
Há
sistemas que aprisionam,
Há maus
hábitos que aprisionam,
Há vícios e mentiras que aprisionam,
Há famílias doentes que aprisionam,
Há olhares que aprisionam,
Há pais que aprisionam,
Há filhos que aprisionam,
Há trabalhos que aprisionam,
Há
modelos sociais que aprisionam,
Há práticas de lazer que aprisionam,
Há práticas sexuais que aprisionam,
Há buscas materiais que aprisionam,
Há hábitos nas tardes de domingo que
aprisionam,
Há amizades que aprisionam,
Há controles que aprisionam,
Há acomodações que aprisionam,
Sistemas
hipócritas aprisionam,
Há caminhos sem volta, que aprisionam...
Escolhas sutis, consideradas banais, mas capazes de mudar o rumo e
afetar as estruturas humanas profundas.
Escolhas puramente humanas estão sempre sujeitas ao erro e ao
engano, facilmente nos aprisionamos. Ora a fazemos na ansiedade, ora no
ativismo diário, enquanto não nos aquietarmos, enquanto não visitarmos nosso
profundo, onde se torna possível escutar a voz sussurrada do Criador, não somos
capazes de fazermos escolhas saudáveis para a vida.
Escolhas saudáveis são aquelas que no uso da minha liberdade, não
causam dano a mim mesma (a curto ou a longo prazo), nem ao meu próximo e nem ao
planeta, ou seja, escolhas não egoístas.
Somos livres, desde que nossa liberdade não nos destrua e nem
destrua a outros. Não podemos esquecer que a mesma liberdade que é conferida a
mim, é também conferida ao outro. O mesmo anseio de vida que há dentro de mim,
pulsa no coração do outro também.
A mesma tendência que tenho de aprisionar-me, acabo usando para
aprisionar a outros, porque é o jeito de viver que conheço.
“Para a liberdade é que fosseis chamados” Gl.5:13.
Novembro/12
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